Vendo 2010 - 3.700 Km

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quarta-feira, 31 de março de 2010

Mão de obra é desafio para o setor automotivo

A dificuldade em contratar engenheiros foi um dos assuntos levantados no último dia 29, durante o Simpósio Novas tecnologias na Indústria Automobilística, promovido pela SAE Brasil e organizado por Automotive Business. O engenheiro-chefe da Ford América do Sul, Milton Lubraico, destacou que, com projetos cada vez mais globalizados, o País também precisa de profissionais capazes de promover inovação no setor.

“Este é um problema sério. O Brasil forma apenas 20 mil engenheiros por ano, muito atrás de Japão, Estados Unidos e China”, alertou. O vice-presidente de engenharia da GM Mercosul, Pedro Manuchakian, confirma o ponto fraco. Para ele alguns setores enfrentam mais dificuldade do que os outros, como o de CAE.

O executivo aponta que a expansão do mercado brasileiro de automóveis, que passou de 1,3 milhão de unidades em 2000 para chegar à estimativa de 3,4 milhões em 2010, torna o momento favorável para avançar no desenvolvimento de produto com a ajuda de profissionais qualificados.


Investimento em pesquisa

O Brasil está bem longe dos primeiros colocados em inovação tecnológica, com o 34º lugar no ranking de países com maior número de patentes, contribuição que representa apenas 1,31% do total mundial. Manuchakian explica que não há desculpa para a falta de investimentos em pesquisa e desenvolvimento. “Diversas entidades oferecem estímulos, como o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e a Finep – Financiadora de Estudos e Projetos”, informa.

Lubraico, da Ford, alerta que será necessário achar a equação perfeita entre globalização tecnológica e inovação local e, para isso, o investimento em profissionais da área será crescente. “Os engenheiros nacionais são muito criativos. Essa é uma característica reconhecida internacionalmente. Temos que oferecer motivação não apenas financeira, mas propor desafios”, destaca.

Profissionais flexíveis, com interesse em atuar em várias áreas, devem ter espaço garantido no setor automotivo nos próximos anos. Segundo os especialistas, o Brasil combina as qualidades de um país emergente maduro, que detém economia sólida, com o aumento do nível de exigência dos clientes, crescimento do mercado interno e consolidação dos centros de desenvolvimento locais. A soma destes elementos deve resultar em alguns passos para frente em inovação para o setor.

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