
Trairi foi a cidade cearense escolhida pela Oxxor Motor Group do Brasil para a montagem de carros elétricos, que serão movidos a bateria de íon-lítio e poderão ser carregados em casa ou em postos de recarga que a empresa planeja instalar no País. A marca terá fornecedores chineses.
João Paulo Oliveira Mello, presidente, informa que a empresa já possui uma unidade em Curitiba, no Paraná, e comercializou mais de 3 mil veículos elétricos utilitários no País -- importados. O próximo objetivo é fabricar uma linha de veículos leves de passeio, ônibus, caminhões, bicicletas, vans, SUVs e o primeiro trator elétrico que deve chegar ao mercado brasileiro.
“Acredito que até 2030 os carros elétricos vão responder por mais da metade das vendas de veículos no mundo. No Brasil esse mercado deve se consolidar um pouco mais tarde" -- afirma Mello, para quem o carro elétrico é imbatível: "Para abastecer basta colocar na tomada e carregar a bateria. Vamos usar uma matriz energética não poluente e infinitamente mais barata que a gasolina, álcool, etanol e diesel entre outros combustíveis”, argumenta Mello.
O presidente da Oxxor sabe que há uma longa distância até a viabilização dos veículos elétricos além do uso em ambientes restritos ou aplicações especiais como utilitários. Os projetos ainda são vulneráveis à disponibilidade, preço e autonomia das baterias. Estender uma rede de troca ou carga de baterias é, também, um projeto de fôlego, que dependerá de programas estruturados pelo governo.
Mello lembra, no entanto, que Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe não cobram IPVA sobre veículos elétricos. Já no Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, as alíquotas do IPVA são diferenciadas e apresentam redução respectivamente de 70%, 75% e 25% no valor do imposto.
Ele explica que na cidade São Paulo os carros elétricos não fazem parte do sistema de rodízio de placas. Além de fazer bem ao meio ambiente eliminando a emissão de gases poluentes, os carros elétricos custam menos para o bolso do motorista”, enfatiza. Ele se refere ao custo operacional do veículo, já que o investimento inicial é muito mais elevado que os carros convencionais, com motor a combustão.
A Oxxor estuda a possibilidade de utilizar uma rede de concessionárias só para a entrega dos veículos. As vendas seriam feitas no sistema porta-a-porta, uma inovação para o segmento automotivo.
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