
A Peugeot enfrentou um desafio, o de fazer um carro para atender as futuras necessidades do consumidor dos grandes centros urbanos, um carro pequeno e de emissão zero de poluentes.
Em relação a emissão zero, não houve dúvidas: a opção foi por um motor elétrico, de 20 cavalos de potência, instalado nas rodas traseiras.
Embora seja um motor de baixa potência, ele leva o carro a uma velocidade de até 90 km/h, mais do que suficiente para um uso urbano. Tem autonomia de 120 quilômetros e a recarga pode ser feita em apenas três horas, numa tomada de força comum.
Mas o tamanho do carro era o segundo desafio: precisava ser pequeno e ter lugar para quatro pessoas. A solução foi usar como base estrutural dois scooters, lado a lado e o resultado foi exatamente esse: o Peugeot BB1 é um carro formado por dois scotters; motorista e passageiros praticamente "montam" em vez de sentar no banco. Os passageiros de trás esticam as pernas nas laterais dos bancos da frente para se acomodarem.
Eu andei no BB1 durante o test-drive no Challenge Bibendum, no Rio, esta semana. O carro é muito desconfortável, mas é ainda um protótipo e pode ser melhorado. O prazer de andar num carro elétrico é indescritível. Você se acostuma logo ao silêncio.
E o importante é que o propósito do projeto foi atingido: emissão zero e quatro passageiros, e isso num carro 19 centímetros menor do que o Smart, que tem espaço para apenas duas pessoas.
A própria Peugeot admite: o BB1 - que pesa 600 quilos - está entre uma moto (ou duas motos) e um carro.
O importante é que o projeto sinaliza o que pode vir a ser o carro urbano dos grandes centros num futuro não muito longínquo.
Não é possível pensar num crescimento do volume de carros sem a expansão do espaço. Como as cidades não podem ser esticadas, a solução é reduzir o tamanho dos carros, e acabar com as emissões de poluentes. Por isso, toda proposta nesse sentido é bem vinda, por mais estranha que pareça.
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